Tratamentos | Clínica Modulare – Psiquiatria e Neuromodulação

Atendimento Psiquiátrico Clínico

Dr. Guilherme Abdo

A clínica é especializada no tratamento clínico psiquiátrico e acompanhamento de diversos transtornos mentais, tais como:

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    Depressão
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    Transtorno Afetivo Bipolar
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    Transtorno do Pânico
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    Insônia
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    Transtorno de Ansiedade Generalizada
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    Transtorno de estresse pós-traumático
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    Transtorno Obsessivo Compulsivo
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    Outros tipos de transtornos ansiosos
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    Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
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    Esquizofrenia
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    Transtorno Esquizoafetivo
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    Outros transtornos psicóticos
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    Transtornos cognitivos

    (Síndromes demenciais, como Alzheimer, demência vascular, dentre outros subtipos)

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    Dependência química
Tratamento com Neuromodulação

Estimulação Magnética Transcraniana

A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) é um tratamento bem estabelecido para depressão, indicado para pacientes que são resistentes aos medicamentos e/ou não toleram seu uso em função de diversos efeitos colaterais. A técnica é aprovada desde 2008 pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos EUA. É também aprovado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) desde 2012 para depressão (incluindo a depressão bipolar) e alucinações auditivas na Esquizofrenia (Resolução CFM 1.986/2012). Há diversas pesquisas em andamento para outras doenças psiquiátricas, tais como: transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, autismo, doença de Alzheimer e outras demências, dependência química, transtornos ansiosos, esquizofrenia e zumbido.

A estimulação é feita por pulsos magnéticos gerados por um aparelho desenvolvido para esta técnica. As sessões são diárias e realizadas pelo médico psiquiatra com intervalo aos fins de semana. Cada sessão dura 30 minutos e o número de sessões é determinado pelo médico que avalia cada caso, mas em média são realizadas de 15 a 20, para que se possa alcançar os melhores resultados.

Sabemos que apenas um terço dos pacientes alcançam remissão total dos sintomas depressivos com o tratamento convencional (psicotrópicos). Desta forma, a EMTr é  mais uma ferramenta terapêutica dentro do arsenal de tratamento psiquiátrico, especialmente no que diz respeito às novas modalidades de neuromodulação, as quais figuram como as mais modernas formas de tratamento dentro da psiquiatria.

A aplicação é simples de ser realizada. O paciente se mantém acordado e sentado em uma poltrona durante toda a sessão. Por se tratar de uma técnica não invasiva, praticamente não há efeitos colaterais. Eventualmente o paciente pode apresentar um sensação de desconforto ou uma dor de cabeça passageira após as aplicações, com tendência a desaparecer ao longo das sessões. Praticamente não há contraindicações para este tratamento, porém, cada caso deve ser avaliado pelo médico psiquiatra.

Tratamento com Neuromodulação

Eletroconvulsoterapia (ECT)

A Eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento médico consagrado para tratamento de transtornos mentais graves, principalmente a depressão. Possui a maior eficácia antidepressiva, dentre todas as modalidades de tratamentos cientificamente comprovados da psiquiatria, inclusive os antidepressivos. Seus índices de eficácia clínica são de 60 a 90%, apontados pelos principais centros de pesquisa em modulação terapêutica.

Além da eficácia já descrita, outra vantagem deste tratamento é sua rápida resposta clínica, importante em algumas condições psiquiátricas. Portanto, estas são as principais vantagens desta forma de modulação terapêutica: alta eficácia e rápida resposta clínica, podendo ser indicado inclusive para idosos, os quais se beneficiam muito deste tratamento, pois alcançam uma significativa resposta terapêutica com baixo índice de efeitos colaterais.

É também indicado no Transtorno Afetivo Bipolar (nas fases de mania, depressão e mistas), principalmente quando se torna refratário (pouca ou nenhuma resposta aos medicamentos).

Trata-se de um tratamento extremamente seguro, realizado com monitorização constante do paciente. Esta técnica é realizada desde 1938, tendo pouca semelhança com o que é oferecido atualmente, a ECT moderna. Nas últimas décadas, este tratamento passou por um refinamento e modernização de suas técnicas, as quais a tornaram mais confortável, segura e indolor, sendo realizada com indução anestésica rápida (sem necessidade de intubação orotraqueal), relaxamento muscular, oxigenação e aparelhagem moderna (com liberação de pulso ultrabreve).

O tratamento é feito em ambiente hospitalar seguro e confortável e o paciente é liberado no mesmo período em que passa pelo procedimento. O tratamento consiste em promover uma estimulação elétrica no cérebro, com o objetivo de induzir uma crise convulsiva controlada que tende a durar em média de 15 a 30 segundos. Sabe-se que este estímulo elétrico tem o papel de modificar a fisiologia do cérebro que está alterada na depressão, promovendo mudanças na plasticidade neuronal, implicando, consequentemente, em uma resposta antidepressiva. Ainda não se conhecem os mecanismos de ação de forma detalhada, mas já foram documentadas modificações cerebrais em níveis micro e macroscópico, como rearranjo de receptores, liberação e modulação de neurotransmissores e neurohormônios, aumento do número de conexões sinápticas e aumento da região do hipocampo (em estudos de neuroimagem).

Antes do início das sessões, o procedimento é explicado de forma detalhada. As sessões são realizadas de 2 a 3 vezes por semana, em dias alternados, até um total de 6 a 12 sessões, a depender da resposta clínica de cada paciente. Todo o procedimento tem duração em torno de trinta minutos e os pacientes despertam da anestesia cerca de 5 minutos após o tratamento. É necessário um período de jejum de 8 horas antes de cada sessão, sendo liberada alimentação quando o paciente estiver bem acordado. Em torno de um hora após o término do procedimento o paciente já poderá comer e receber alta hospitalar.

Na Clínica Modulare, o paciente é orientado a lidar com eventuais efeitos colaterais do tratamento, passíveis de ocorrer em todo procedimento médico. Os efeitos cognitivos são os mais comuns, como desorientação breve ao despertar da anestesia e graus variados de perda temporária de memória recente. Nos aparelhos modernos de ECT pode-se utilizar o pulso ultrabreve citado acima, assim como a estimulação unilateral, técnicas mais modernas que minimizam possíveis efeitos na cognição. Deve-se destacar que a depressão pode trazer profundas alterações cognitivas (como prejuízos na memória e concentração) e o tratamento com a ECT pode levar a uma melhora cognitiva global. Portanto, mesmo que haja efeitos colaterais, estes são minimizados pelos diversos benefícios clínicos deste tratamento.

Cada paciente que tiver este procedimento indicado será avaliado de forma minuciosa do ponto de vista psiquiátrico e clínico, pois, apesar de não haver uma contraindicação absoluta, algumas condições clínicas suscitam maior cuidado por parte da equipe.