No transtorno do pânico, a pessoa é acometida por ataques de pânico, os quais consistem em uma sensação de medo ou mal-estar intenso, acompanhada de sintomas físicos e cognitivos e que se iniciam de forma repentina. Estes ataques levam a preocupações constantes em relação à possibilidade de ocorrência de novos ataques de ansiedade.
Os pacientes são acometidos pelo sofrimento psíquico e prejuízo funcional, podendo estar associado também a uma série de outros transtornos que pioram ainda mais sua condição. Pacientes com TP estão suscetíveis a maiores taxas de absenteísmo, menor produtividade no trabalho e prejuízos nas relações interpessoais.
Fatores desencadeantes
Diversos fatores vêm sendo atribuídos à etiologia do TP, sendo que tanto fatores genéticos quanto ambientais parecem contribuir para este transtorno. Estudos prévios têm associado experiências traumáticas na infância ao desenvolvimento do TP na idade adulta. Eventos estressantes na vida adulta também estão relacionados ao desenvolvimento deste transtorno.
Diagnóstico e sintomas
Alguns critérios são essenciais para que o diagnóstico seja feito: ataques de pânico recorrentes e espontâneos (inesperados). Deve haver preocupação persistente em relação a ataques adicionais, preocupação em relação às implicações do ataque ou às suas consequências (perder o controle, ter um ataque cardíaco, enlouquecer, desmaiar) e alteração significativa do comportamento relacionada às crises de pânico.
Os sintomas físicos são bastante característicos, como taquicardia, sudorese, tremores nas mãos, falta de ar ou respiração curta, podendo também haver náusea, tontura e cefaléia. Muito frequentemente, os pacientes acometidos por estes sintomas procuram primeiramente um clínico ou cardiologista, pois tais sintomas mimetizam alterações cardiovasculares.
Tratamento
O tratamento medicamentoso é baseado em fármacos específicos para este fim, associados à psicoterapia. Há medicamentos que ajudam a controlar as crises de pânico de forma aguda, buscando um conforto mais imediato, porém, em geral, devem ser usados a curto prazo.
Em relação à psicoterapia, a modalidade cognitivo-comportamental (TCC) é a terapia com os resultados mais consistentes para o TP, apresentando uma boa aceitabilidade e aderência, rápido início de ação e uma boa relação de custo-efetividade.