O TAB cursa com oscilações do humor ao longo do tempo, as quais se manifestam com episódios depressivos ou episódios de euforia. Estes episódios duram semanas a meses, levando a uma significativa mudança de comportamento, causando diversos impactos na qualidade de vida da pessoa.
Fatores desencadeantes
Este transtorno é desencadeado por uma miríade de fatores, dentre os quais destacam-se os genéticos, psíquicos (fatores estressores) e afetivos. Há também condições orgânicas que podem cursar com sintomas semelhantes.
Diagnóstico e sintomas
Na fase de sintomas depressivos, podemos observar humor deprimido, alteração de sono e apetite, pessimismo, tristeza, cansaço, desânimo, diminuição da produtividade, pensamentos sobre suicídio. Já a fase de euforia (mania) cursa com agitação, aceleração do pensamento, autoconfiança elevada e idéias de grandeza, comportamentos compulsivos, diminuição da necessidade de sono, aumento da libido, podendo chegar a apresentar comportamento agressivo.
A manifestação clinica do TAB pode se confundir com outros transtornos mentais, o que dificulta o diagnóstico precoce, podendo levar até 10 anos. Este atraso no diagnóstico correto também pode contribuir para um pior prognóstico na evolução da doença.
Na maioria das vezes, o primeiro episódio do TAB se manifesta como uma crise de depressão, dificultando o reconhecimento do transtorno. Tende a surgir até os 25 anos, podendo surgir ainda na infância e adolescência.
Os sintomas devem estar presentes durante um período de, pelo menos, duas semanas, e devem impactar negativamente na vida da pessoa, causando um sofrimento ou prejuízo em áreas importantes da vida.
Há 2 subtipos de TAB: o TAB tipo I, que se caracteriza pela presença de episódios de depressão e mania, e o TAB tipo II, em que ocorre a alternância de depressão e episódios mais leves de euforia (hipomania).
Tratamento
O tratamento tem como objetivo a estabilização do humor, evitando episódios de depressão e mania, assim como a prevenção de recaídas. Os medicamentos utilizados, em geral, são os estabilizadores de humor (lítio, anticonvulsivantes). Concomitantemente ao tratamento medicamentoso, cultivar um estilo de vida saudável, com especial atenção ao sono, alimentação, atividade física e restrição ao uso de álcool, são fundamentais para o controle dos sintomas.
Associados ou não aos medicamentos, o tratamento com neuromodulação (Estimulação Magnética Transcraniana ou Eletroconvulsoterapia) constituem os mais novos arsenais terapêuticos no combate a este transtorno, principalmente quando não se alcança a remissão dos sintomas.