O transtorno depressivo tem sido reconhecido cada vez mais como um transtorno extremamente prevalente na população, levando a intenso sofrimento psíquico e incapacitação para uma vida plena, impactando nas relações afetivas e profissionais.
Geralmente, as pessoas acometidas têm a sensação de que a vida perdeu o sentido. É importante a busca de ajuda profissional para que não se torne um transtorno crônico, acostumando-se a um humor depressivo, como se fosse o “jeito de ser” da pessoa. Muitos pacientes pensam desta forma.
Fatores desencadeantes
A depressão tem causas multifatoriais, ou seja, a junção de diversos fatores aumentam as possibilidades de uma pessoa ser acometida. Um dos mais importantes fatores desencadeantes é o estresse do cotidiano, principalmente nas grandes cidades.
Podemos citar também outros fatores como luto, separação conjugal, perda de emprego e dificuldade financeira, dentre outras situações estressoras.
Há pessoas que possuem uma vulnerabilidade genética para depressão, observada nos familiares que sofrem do transtorno.
Em alguns casos a depressão pode ser causada por uma doença clínica (ex: hipotireoidismo) e/ou induzida pelo uso de alguns medicamentos e substâncias psicoativas.
Diagnóstico e sintomas
O diagnóstico da depressão é clinico, portanto, a avaliação médica é fundamental. Diversos sintomas constituem a síndrome depressiva, os quais devem estar presentes durante um período de, pelo menos, duas semanas.
Tais sintomas psíquicos, como humor deprimido, perda de prazer nas atividades, perda de interesse e motivação, sentimentos de culpa, indecisão, podendo chegar a ideias sobre suicídio. Podem estar associados também sentimentos de desesperança, pessimismo e desamparo, irritabilidade, ansiedade e nervosismo, distorções cognitivas (julgamentos errados), sensação de estresse constante, redução de libido e prejuízos cognitivos (memória e concentração).
Associados aos sintomas psíquicos, observamos sintomas comportamentais que impactam na vida pessoal e profissional, como isolamento social, ataques de raiva, redução da produtividade, uso abuso de substancias, redução da produtividade e atividades de lazer, podendo a chegar a comportamentos de automutilação e tentativa de suicídio.
Cada vez mais a depressão é estudada e tem sido vista por pesquisadores como um transtorno sistêmico, com repercussão em todo o organismo, sendo a maior evidência desta linha de pensamento a sua capacidade de produzir sintomas físicos, tais como: fadiga, falta de energia, insônia ou hipersonia, aumento ou perda de apetite, aumento ou perda de peso, cefaleia, dor, tensão muscular, palpitações, disfunção sexual, queixas gastrointestinais, sensação de peso em braços e ou pernas.
Tratamento
A remissão e o objetivo do tratamento, porem, nem sempre os pacientes se tornam livres por completo dos sintomas, apesar dos diversos medicamentos atualmente disponíveis no mercado. Sabemos também que manter os pacientes com sintomas residuais, como fadiga, distúrbios do sono, falta de interesse e concentração, são fatores de risco para o paciente apresentar recaída dos sintomas ou recidiva da doença, levando a falha do tratamento. Desta forma, os tratamentos que envolvem a neuromodulação tornam-se fundamentais como recursos terapêuticos para alcançar o objetivo do tratamento.